Duas pipas que não deram certo e outra que não tem erro

Inspirado pelos manuais, resolvi testar alguns modelos de papagaios sem rabiola (ou rabada). A primeira foi essa asa delta que ficou linda.

Primeiro, uma palavrinha sobre Tyvek. Esse é um material sintético (um "não-tecido") que serve para isolamento térmico e mil coisas mais, como pulseiras de eventos e plantação de cogumelos. Os pipeiros de primeiro mundo estão usando ele muito porque ele é impermeável e muito resistente (quem já tentou rasgar uma pulseira de tyvek já percebeu). Então resolvemos investir num rolo de 30 metros (não vendem quantidades menores), e ele nos deu boas surpresas. O caso é que o que compramos tem essa camada de alumínio, que além de deixar eles super bonito, faz com que ele conduza eletricidade! Portanto dá pra imaginar umas pipas-circuitos, em breve.

Inspirado pelo look espacial, cortei uma asa delta super bonita:

Mas ao contrário do que indicam os livros, a pipa não ficou nada estável. Ficava rodando em torno do próprio eixo e caía. Mais tarde voltei pro design da asa delta e consegui fazer ela voar super bem com uma rabiola (detalhes em outro post).

Daí resolvi testar um design mais tradicional e montei essa clássica daí. Também deixei de lado o caro tyvek e usei plástico de sacola de compras mesmo - que é um super material para pipas, especialmente se for resistente como esse das lojas americanas.

Mais uma vez, fracasso total. Ao contrário do que os guias sugerem, sem rabiola essa pipa nem sai do chã0.

Daí a frustação me fez tentar o modelo mais simples disponível: um papagaio trenó.

E finalmente, deu certo. A pipa-trenó é super estável e simples. Duas varetas, um plástico cortado de saco de lixo e ela voa super bem com qualquer vento. Deu até para botar um LEDs meio assimétricos que ela segurou bem. Parece que o segredo são esses buracos, para o vento passar e dar mais estabilidade.

A pipa trenó se tornou uma das mais queridas dos meninos de Brasília Teimosa. Mas isso fica pra outro post.